MARIA MINHA !

O que me faz chorar me faz viver

O que me faz viver me faz dizer

O que me faz dizer me faz valer

O que me faz valer mas faz vencer

O que me faz vencer... é você.

Vendedor de Algodão Doce

Vendedor de algodão doce
... que calor. Meu Deus do céu acho que vou derreter – pensei alto. Era realmente um dia de muito calor, e logo o dia que tinha que ir fazer uma visita aos meus “ hermanos” no interior da Ba. Mas era isso mesmo, como um bom jagunço e cangaceiro nato, não podia deixa me abalar com essas alterações climáticas.
Fui ao guinche na rodoviária, comprei minha passagem e aproveitei os 12 minutos que tinha de sobra, dei uma passada rápida em uma loja de livros e comprei um jornal, adoro ler jornal! Passei pela roleta principal, entreguei um canhoto para um rapaz que fazia o controle e me dirige ao ônibus. Esperei que todos entrassem e fui o último a entrar, sentei em uma poltrona que não era a minha e esperei atento a saída. Até porque o dono daquele lugar não compareceu, acabei sentando no lugar dele pois era janela, e o lugar que eu tinha comprado era corredor, e como todo brasileiro nato, corredor é muito chato. Tirei o tênis, guardei a mochila e esperei a partida, toda vez que vou à rodoviária sinto uma sensação de tristeza, saudosismo, sei lá é algo inexplicável.
A vista é sempre boa, carros, casas, sítios, animais passam em velocidade, minto, a vaca branca que cria ponto no tapete verde aparenta esta totalmente parada, adoro isso, quando criança viajava nessa inércia louca, é fantástico.
2 horas de viagem avisto a minha querida cidade natal, linda, linda como sempre... Nessa de está sempre atento o que passa lá fora, uma imagem passou que me chamou muita atenção, um senhor que aparentava se chamar Seu Jão, de idade aproximadamente 68 anos. Com ele uma bicicleta barra circular, cheia de apetrechos, sacolas de roupa, de plástico e acoplado ao quadro do seu móvel um guarda chuva preto , que protegia do sol uma grande remessa de algodão doce. Achei que estivesse indo vender, ou não, mas com certeza aquilo era Brasil.