domingo, 6 de maio de 2012

... em nenhum momento deixei de te amar. Em nenhum momento pensei em parar de viver algo com você, em nenhum momento viajei sozinho em meus pensamentos. Como você era difícil, como você era insuportável, como você poderia ter tanto poder em minha cabeça. Não posso deixar que tudo termine dessa forma, simplesmente por causa de um porquê mal explicado, de um deslize, de um sentimento machista... perdão. Como era incrível aquele sentimento de José, um simples homem que na busca de um bom emprego se perdeu com os sentimentos do amor. Não acreditava muito no poder do amor, mas fui prova viva de vivenciar aquelas belas palavras de um senhor de 65 anos de idade por uma linda e bela senhora que aparentava ser muito mais velha que ele. Aquele dia era um como outro qualquer, segunda feira, 17 horas, dentro de uma condução que fazia centro subúrbio. O amor sugou mais um não importa sua idade, não importa a sua religião, sua cor, sua espécie, ela aniquila, passa por cima, atropela, esquarteja os cérebros dos humanos. Transforma o justo no injusto, o rico no pobre, o belo no feio, a vida na morte. Minha adorada Consuêlo, não tenho nada em mãos que não seja calos, não tenho nada em meu coração que não seja o meu amor de 40 anos. Quero você minha velha, quero morrer com você, quero continuar aprendendo porque somos tão fracos, porque somos tão fortes, por quê? Por quê? E assim a todo instante, ia entrando mais alguém e encantado com tanto sentimento, fortificava o ambiente com o silencio. Consuelo, calada e muito abalada como o que tinha acontecido, só chorava, só chorava... “Próximo ponto, por favor...” Ali saltei e encantado com tanta beleza em um ser totalmente humano, parto para minha favela, com mais um aprendizado. Poderia até esta errado, mas o que tinha acabado de vivenciar, fiz da minha família uma família justa e rica em amor. Carta de um morador da favela.
... tinha uma reunião marcada para 14:30,outra 15:30 e a terceira 16 e alguma coisa, não lembro direito. A primeira conversar com um reporter sobre a criação de um programa esportivo, ele não foi. A segunda, foi com uma analista de sistema, que por sinal muito inteligente e atenciosa. Tinha umas idéias bem interessante, mas acabou não vingando... e durante esse bate papo,recebo uma mensagem de que a terceira reunião não ia rolar. Pronto, o meu dia estava lindo, tudo que tinha planejado tinha ido de água a baixo. Mas tudo bem, fazer o quê, no meu interior isso é sinal de colheita farta... Saindo da sala da analista, vou de encontro ao meu carro que tinha estacionado no shoping ao lado. Logo na entrada do mesmo, vejo uma multidão de frente a uma televisão de 42 polegadas eufóricos, gritando como se fosse uma final da Copa do Mundo. Era algo bem aprecido, era uma semi final entre Chelsea e o Barcelona, incrível,sensacional. E o mais interessante era que 100% dos telespectadores eram homem, uma pena, o fedor de macaco era intenso. Homens de terno e gravata,homens de fardas de obra,homens turistas, e homens querendo ser mulher. Logo de cara, me coloco numa posição que não confrontasse a visão de ninguém,ou melhor, me localizei no fundo bem próximo de um gordo. O gordo era tirado a gaiato, um bafo de leão, mas aparentava ser gente boa. Bola ia,bola voltava e automaticamente os comentários rolavam soltos. Uns tirados a Zagalo,outros a Joel Santana,uma zona só. Do nada o gordo chega par mime diz: - ô maluco, se fosse o Baeea aí, ja tava uns 3 a zero. - Pode crê - indaguei - E tem mais, Souza é matador, os gringos iam ficar doido ... tô te falando?! - Possas... Deu 12 minutos de jogo, o gordo já tinha virado meu melhor amigo, me contou que a mulher dele tava puta da vida com ele, me contou que o chefe dele é um escroto e que o time do coração dele era o Baeea. Não respondia muito, porque ele não deixava eu falar, mas que o sacana era gordo pra caralho e tinha um bafo de leão. Acabando o segundo tempo, aperto a mão do gordo e vou comprar um açaí para assistir o segundo tempo, sabia que o meu dia não tava dando bons frutos, vou assistir o jogo que é melhor. Eu no balcão da lanchonete tomando meu suco, ouço um grito de lá de baixo, " ô doido, começou,vem logo". Era o gordo, me chamando para assistir o jogo com ele,figura monstra. Ao chegar perto do sacana ele me diz que tinha guardado meu lugar e que tava afim de tomar um pouco do meu açaí. POrra, o gordo além de gordo é folgado, mas é nenhuma... assistimos o jogo juntos e cada um foi pro seu canto. POis é galera, futebol tem essa magia, ele une povos,ele rompe barreiras, de cor,raça,religião,etc. Faça que nem o gordo, seja gordo,folgado e pidão...