segunda-feira, 30 de setembro de 2013

... tudo que não é treinado é desalinhado

... mais um quilômetro rodado. O meu relógio marcava 6 km, em um total de 25 minutos, estava em um ritmo planejado pelo meu treinador, 4:40 min/k, 12,86 km/h. Nesse ritmo terminaria minha meia maratona para 01:38:00. O calor naquele dia não era normal, o tênis que tinha usado durante os treinos estava completamente encaixado. Tudo lindo... mas o calor poderia quebrar o meu ritmo a qualquer momento.
Próxima " parada", ponto de hidratação, fui treinado a beber pouca água, sabia que aquilo fisiologicamente era um crime dos maiores ao organismo humano, mas a vontade que tinha naquele momento era à água apenas para resfriar a minha cabeça. Ao chegar no PH, vou ao encontro do 3 staff, que era o último, lembro muito bem, era um tiozinho de cabelos bem grisalho, que ao passar o copo com água grita em alto e bom tom, " vamos lá menino". Aquela energia supriu qualquer dor, qualquer sede que sentia naquele momento, era o calor humano que aquecia muito mais rápido e forte que o calor solar. 
Seguir em frente, depois de pelo menos 15 segundos de desaceleração para poder beber e molhar a nuca. Continuei firme com o pace ideal para aquela corrida, sentia também uma necessidade muito grande de puxar mais um pouquinho, mas isso ia custar muito caro lá na frente. Cada passo a mais, ou uma velocidade acima do treinado, poderia jogar toda a minha competição à baixo. Rapidamente, em flashs, passava uma entrevista de um corredor profissional afirmando que, tudo que não é treinado é desalinhado...segurei o ritmo e continuei consistente, eu e o relógio, o relógio e eu.
Pontes,mar,avenidas, gentes, cachorros e cores passavam todos no canto do olho, mas o que realmente o que queria enxergar era a chegada e logo após o meu relógio. Já no km 18, percebo o meu segundo incomodo, o primeiro é o natural, adaptação, geralmente acontece até o km 3. O treinador tinha me chamado atenção de que o temível 18 poderia aparecer fantasmagórico até porque só faltava 3 km. Muito feliz porque o tempo estava batendo certinho, mas ao mesmo tempo algo diferente estava acontecendo, não sabia realmente o que era, mas estava acontecendo. Depois de 4,40 min naquele km, avanço para o 19 e a cabeça já era outra, pronto, aquilo tudo era psicológico, não tinha nada,era tudo monstro de criação própria.
Pronto lá estava ela, a bela das belas, a tal chegada, arrival,ankunft,arriveé... ao cruzar, dedo indicador no botão stop e confiro o tempo 01:37:56 no meu relógio e 1:38:50 no relógio da prova. Pronto cheguei !!



sábado, 21 de setembro de 2013


Amor de novela pode?



Às vezes me pego pensando, onde foi que eu errei
Errei não sei, mas todos me julgam com termômetro a zero.
E afinal, errei simplesmente porque não a amei do jeito que ela realmente queria? Amor novela não vale, vale?
Seguir dentro de uma redoma me fez parar no tempo e ver meus amigos cada vez mais longe.
Petrificar os meus sentimentos por causa dela, me torna mais patético e obscuro.
Seguir sem rumo, é seguir sem passageiro
Nessas horas o importantes é apertar o cinto e seguir forte para o próximo ponto
Amor de novela não pode, pode?
Eles continuam me julgando como um babaca, um menino que não sabe amar e que vai encontrar muitas dificuldades lá na frente...
Um vez Creusa, outra Edileuza que um dia foram Deusa em um castelo de  pouca nobreza.
Errei só porque sair pra comprar cigarro...