
Gosto de muito desse mundão ciibernético, e foi graças as essas invenções que conversei com ele, eu aqui em Salvador e ele no Rio de Janeiro.
varella diz:
e ai matéria!
elquissontria@hotmail.com diz:
fala Sociólogo
Varella diz:
que sociólogo
Varella diz:
hehehehehehe
elquissontria@hotmail.com diz:
rs
elquissontria@hotmail.com diz:
q tem de bom?
Varella diz:
a solidão devora, e amiga das horas prima irmã do tempo e faz nossos relógios caminharem lento, causando um descompaso no meu coração
elquissontria@hotmail.com diz:
alceu
Varella diz:
assim q tô me sentindo
Varella diz:
alceu
elquissontria@hotmail.com diz:
compra um chapéu e um morrão
Varella diz:
estou sozinho a 15 dias sem conversar com ninguem, preso sem estar na cadeia
elquissontria@hotmail.com diz:
tõ brincando
elquissontria@hotmail.com diz:
preste atenção cara
Varella diz:
que coisa maluca
elquissontria@hotmail.com diz:
é agora q tudo começa a funcioonar
elquissontria@hotmail.com diz:
mas tudo mesmo
Varella diz:
mudando de assunto
elquissontria@hotmail.com diz:
nos momentos em que estamos em solidão
elquissontria@hotmail.com diz:
diz os grandes pensadores
Varella diz:
escrevi uma historia dos meus tempos de criança
Varella diz:
veja se serve vou mandar
Varella diz:
pera ai
Amigo, essa foi uma história que aconteceu comigo, foi traumática.
Tomara que você goste.
Se quiser dar uma melhorada no texto fique a vontade, um abração.
Cara eu sou velho demais, sou do tempo que do lado da Caixa Econômica não tinha nada, só um terreno baldio, não tinha a lan house de Gilson, não tinha a sorveteria do finado Guto, não tinha o Pão de Ló... Aquilo tudo era um campinho de futebol num brejo que se jogava bola com a lama quase nos joelhos, e era maravilhoso.
Bom, minha história é a seguinte: nesse dito terreno sempre se instalava os grandes circos que vinham para nossa Alagoinhas, numa dessas vindas chegou um circo daqueles grandes, parecia pra nós do Parque Alagoinhas, o Beto Carrero ou o Cirque di solei, era muito grande, tinha um monte de animais que era o que mais chamava atenção, tinha; camelo, girafa, leão, elefantes, tigres e os macacos, foi quando Guga meu vizinho e amigo falou:
- Vamos lá Coalhada ver o circo que chegou tá cheio de bicho... Indagou Guguinha Galego. Coalhado era meu apelido de criança, em homenagem ao personagem de Chico Anísio, que só tinha máscara no futebol e não jogava nada, até Laerte, “Pato” me chama de Coalhada até hoje. Eu fiquei meio sem querer ir, porque minha mãe já tinha avisado que não era pra ir ver o circo, mas como meu amigo me chamou, eu não podia deixar de ir pois era pertinho de casa, e afinal de contas não tinha nada demais.
Então fomos, era uma tarde de sol maravilhosa, com muito sol e calor, Huckinho vendendo picolé ( puta que pariu, naquela época Huckinho já era antigo ) nos compramos logo, um de côco torrado e o outrode creme Holandês,estava uma delícia, ficamos olhando os animais, os camelos, girafas, leões, elefantes, tigres, e os malditos macacos, eles eram muito engraçados ficavam fazendo brincadeiras com as crianças. Foi quando um menino achou de colocar a mão dentro da jaula, não me pergunte o por quê. O miserável do macaco não contou conversa, atacou o moleque e fez um corte enorme no braço dele, saia muito sangue, ele conseguiu se livrar do macaco mas o braço tava esfacelado, o bicho tinha arregaçado o braço do menino... Nessa agonia toda, não sabia que o pior estava por acontecer, pense em um sopapo forte mas muito forte mesmo, foi o que eu tomei da minha genitora perante a tudo e a todos no pé do escutador de fofoca, tão forte que acho que não escuto direito até hoje, era minha mãe com muita raiva porque tinha desobedecido ela, e o mais interessante é que o menino que tinha o braço devorado pelo macaco não era mais o alvo das atenções e sim o que estava sendo arrastado pela orelha.
Até hoje Gilvanei, tira onda da minha cara com aquele episódio...
Texto por Alex Varella.
Postado por Quinho Castro.