sábado, 30 de maio de 2009

Um amor desequilibrado.




Morro de amores por aquela equilibrista, não perco se quer uma sessão de domingo. Sou o primeiro a chegar na porta do circo, já conheço todos os ambulantes que rodeiam o mais belo dos belos cenários da arte popular. Sou até amigo do leão, sei que sou, mas, não sei se ele sabe. Gosto de pipocas com manteiga e leite condensado, gosto também de limpar os dedos na camisa e na tábua que sustenta o picadeiro. Na verdade a unica coisa que não gosto é quando Juca Leitão, o apresentador, deseja a todos um ótimo início de semana. É triste, muito triste, sei que não vou consegui aguentar mais aquela rotina longe de meu bem, longe do seu sorriso, das suas pernas super torneadas e dos equilíbrios.


Vivo desequilibrado, entre a bebida e o amor, tento a todo instante vencer o vício, ele é muito forte, ele me corta com gilete cega e me tempera com sal grosso. Dói meu amor, dói muito, me ajude pelo amor de Deus, não sei mais o que faço, estou cedendo o meu espírito para o Demônio, meu Deus me ajude...


Sou feliz quando tenho sorte em sonhar com vc, na maioria das vezes sonhar não foi mais possível, pois não conseguia se quer dormi, a bebida é uma desgraça. Amanha tem circo, não vou beber, vou usar calça tergal e colocar minha melhor colônia para te ver. A sua imagem me equilibra, me põe em paralelo com Ícaro, sou eu Antonio Jose Silva o eterno apaixonado pela equilibrista do circo Las Pumpas.