domingo, 15 de janeiro de 2012

Nasce, crece, reproduz...




Não podia imaginar como a tristeza te fazia tão mal. Sei que isso que acabei de falar é muito óbvio, mas parece que tudo que você plantou não tem mais jeito. Sua casa está cheia de limo, o teto está todo rachado, a borda do espelho do último banheiro completamente enferrujada, o bule nem mais borra de café e o tamanco gasto , mesmo depois de recauchutado com borracha de pneu. O seu gato Messias morreu ( achava ele um desnaturado, mas tudo bem), a geladeira não quer mais fechar e o bombril quem antenava a sua tv bicolor ao mundo não tem mais. Estás na merda...
Tudo isso por um simples amor, que " do nada" foi embora. Sei também que o balanço do parque te fazia muito bem e hoje te causa náuseas, as brincadeiras em pleno verão litoral nordestino eram incríveis, lembro muito bem do picolé de côco de seu Apolonio, um senhor que desfrutava muito bem da língua portuguesa quando saia para vender os seus belíssimos picolés.
Mas por que comigo...? Porque você não está sozinha, e você com certeza saberás sair dessa amargura que te consome por segundo. Levanta a cabeça mulher, olha para teus filhos, e ver o quanto precisas de você, não ver que o mundo lá fora esta tão belo, que o sol esta te esperando para te dar vitaminas de presente...
O sol arde... sei disso, mas existem os protetores solar, existem as sombras, existem as brisas, existe a pele que habita ( licença Almodova ).
Pobre de mim...pobre de mim uma porra, pobre tú uma bosta, não veres que enxergas o mundo através de uma simples janela, e que a sua casa tem várias janelas.
Lembrei agora sabe de quê ? Não... lembrei da última vez que você me ligou para falar da primera vez com ele, que ele não conseguiu, um brocha,rsrssrs
Sonhos...o que eu mais queria agora era o seu colo e não uma eterna despedida.