sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

INSTINTO NA RUA 13 – 1° PARTE


1:13 da madrugada, não estava de porre mas tinha que andar muito para chegar em casa. Naquele momento não existia mais ônibus, táxi sim, mas grana que é bom nada. Era um estudante delirante, porém muito observador.
Sabia que faltavam várias avenidas para chegar a casa, mas, nesse dia resolvi cortar caminho. Sabia também que estava correndo grande risco, mas, resolvi acreditar na força do instinto. Passei pela rua Tánigas, cruzei a Barbosinha e dei de cara com a famosa 13.
Estava um pouco escura, alguns bebuns deitado ao chão, pedintes em ativa liquidando um lixo hospitalar e drogados fazendo a rodinha para matar ou “ morrer” a última pedra de crack. Sentir um pouco de medo mas, o meu instinto era ainda muito mais forte.
Não acreditava no que via a 13 era mesmo muito pesada. Uma senhora negra de aproximadamente 100 quilos, com uma trouxa de roupas na cabeça aparecia do nada era estranho, o que uma senhora estava fazendo alí aquela hora da noite? Perguntei-me várias vezes, e quanto mais ia me aproximando dela mais o questionamento aumentava.
E o interessante era que cada vez mais um odor de enxofre ia aumentando... Já perto da Senhora que permanecia com um olhar fixo em meus olhos, dei de conta que estava entrando em uma fria. Mas o meu instinto era muito forte, e não deixava eu mudar de calçada nem a pau. Faltando mais ou menos uns 2 metros, esse odor muda para um cheiro de rosas vermelhas.

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