quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tá valendo brincar com meu filho.




Início de mês é puxado para qualquer " pessoa" que frequenta banco. Puta que pariu, todos lotados, caixas mau humorados, caixas rápido quebrado, filas quilométricas, calor intenso, ar condicionado insuficiente, velhinhos nervosos e peidões em sua fila única e exclusiva. Mas não tinha jeito, tinha que sacar uma grana e pagar conta pra caramba, estavam todas a ponto de vencer, e não estava a fim de jeito nenhum pagar multa, até porque eu não tinha.


Fui preparado, comprei um jornal coloquei um som nos ouvidos ( hardcore) e a passos lentos chegava a " boca do caixa". Olhava por segundos o roscrofe, mas estava muito mais lento que eu naquela fila. Ao mesmo tempo olhava atento o comportamento das outras pessoas, uns falando sobre a Copa, outros sobre doênças,etc. Mas sempre tem uma figura que chama mais atenção, era uma anciã, aproximadamente 77 anos com um sotaque espanhol, ela gritava no caixa querendo de imediato ser atendida, falava algo que eu não entendia direito, queria ser atendida e pronto.


Sair dali agoniado, pois tinha que ir a outro banco, sorte de encontrar um amigo na beira do caixa e ele efetuar o resto do pagamento. Cheio de manejo, abordo como se ele estivesse me esperando, truque velho mas que dificilmente dar errado. Agradeci ao amigo e partir. Ao descer a escada sou abordado por uma pedinte, digo que não tenho grana. Do nada aparece uma bola de plástico perto de mim, faço uns pontinhos, malabares ( tento ser igual ao Robinho, mas tá difícil!) e toco para o filho da pedinte, e aí começamos a bater um salão. Foi bem legal, perto dalí tinha um ponto de ônibus, onde aquele salão passou a ser a diversão da turma que esperava o coletivo, o nome do moleque era Estive ( Por que pobre adora colocar nome no filho difícil ?), foi bem legal. E o mais legal de tudo foi o que a mãe dele falou, " o senhor não tem dinheiro para mim dar, tudo bem, só você está brincando com meu filho , tá valendo". Sair dalí rico, muito rico.